quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O Povo que Andava nas Trevas viu uma Luz

Amados irmãos e irmãs
Paz e Fogo



É sempre tempo de Natal, é sempre tempo de nascer em nós o Salvador, nas Nossas casas, nas nossas famílias, no nosso dia-a-dia, por isso, ainda refletindo este tempo em que celebramos a vinda do Salvador e em que se aproxima para nós um novo ano, trago-vos uma mensgem da Beatriz Spier, secretária geral do Conselho Nacional.



Meditemos:




“O povo que andava nas trevas viu uma grande luz; sobre aqueles que habitavam na região tenebrosa resplandeceu uma luz. Vós suscitais um grande regozijo, provocais uma imensa alegria; rejubilam-se diante de vós como na alegria da colheita, como exultam na partilha dos despojos. Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado; a soberania repousa sobre seus ombros, e ele se chama: Conselheiro admirável, Deus forte, Pai eterno, Príncipe da paz.” (Is 9,1-2.5)




O POVO QUE ANDAVA NAS TREVAS VIU UMA GRANDE LUZ




Uso esse texto do profeta Isaías para exemplificar o tipo de alegria que devemos cultivar no natal, a alegria oriunda da gratidão. Ao olharmos o menino Jesus no presépio, devemos nos lembrar que Ele é a luz que dissipa as trevas na nossa vida, que Ele veio para nos trazer a salvação, nos rejubilar com isso e termos o nosso coração agradecido. Quando o nosso coração está cheio de gratidão, então nós somos capazes de fazer coisas boas. Fica mais fácil perdoar quando lembramos que Nele temos a remissão dos nossos pecados e o perdão de nossas faltas. Fica mais fácil ter gestos de bondade e de misericórdia ao lembrarmos que Nele nós somos o objeto da bondade de Deus. Ele veio para ser o mediador de todas as graças para nós.



Mesmo que a nossa vida esteja muito difícil agora, que tudo pareça trevas, tudo pode mudar com Ele. Agradecer, confiar e deixar a sua luz inundar a nossa vida, então as coisas começam a mudar.




O texto diz que a soberania repousa sobre os ombros de Jesus, esse menino que nos foi dado. Ele é Senhor dos senhores e Rei dos reis, tudo se dobra diante dele, então podemos com alegria, guardando no coração a certeza de que Ele veio para nos libertar do poder das trevas, entregar a Ele, colocar sob seu senhorio todas as situações difíceis da nossa vida e depois começar a agradecer pela salvação que chega.




No natal ficamos preocupados em dar tantos presentes para as pessoas, mas o melhor presente que podemos dar é a nossa fé, é mostrarmos com palavras e com gestos que temos um coração confiante e agradecido porque sabemos que um menino nos foi dado e esse menino é o Emanuel, o Deus conosco, que media todas as graças para nós.




Faça a experiência da gratidão. No meio das dificuldades, na correria do dia-a-dia, experimente agradecer a Deus Pai, de todo coração por ter nos dado Jesus. Olhe ao seu redor e com essa luz nova comece a enxergar as coisas boas que você tem ao invés de enxergar somente aquilo que lhe falta. Não reclame, não murmure, agradeça. Saia das trevas e venha para a luz. Não adianta enfeitar sua casa com luzes para o natal se dentro do seu coração existem trevas.




Fica então o convite: enfeite sua vida para o natal com a luz do coração agradecido e dê de presente para as pessoas a sua fé, a sua confiança Naquele que tudo pode, que é o Deus forte, o Príncipe da paz e então você e todos os que o cercam terão um feliz natal!




Maria Beatriz Spier Vargas
Secretária-Geral do Conselho Nacional da RCCBRASIL

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

É Questão de Escolha

É questão de escolha
Publicado em
23 de dezembro de 2011 por metanoia

Somos chamados a escolher continuamente. O homem é a única criatura que leva nas mãos seu próprio destino. Viver bem é escolher continuamente.

A cada passo que damos… precisamos fazer escolhas. E o único dia pra escolher é o hoje, pois o ontem já passou e o amanhã ainda não chegou. Ao despertar de cada dia, eu preciso escolher, levantar da cama, fazer as higienes pessoais ou não. Escolher ir a missa, ao trabalho, a dar bom dia para aqueles com quem convivo ou passam por mim…

Somos dotados de liberdade, e esta é que define quais são as minhas escolhas.
O mundo secularista nos impõe a cada dia por meio da mídia e tantos outros meios infinitas possibilidades a nossa frente pra que escolhamos. Com a liberdade que Deus nos deu aos nos criar, também nos deu consciência. É por meio desta consciência que saberemos se “aquela” escolha é a correta ou não.

Quantas pessoas pagam o preço de escolhas erradas por intermédio de terceiros, ou até mesmo pelas próprias escolhas?

Só poderemos fazer boas escolhas se tivermos Nosso Senhor Jesus Cristo como centro de nossas vidas, porque Ele mesmo afirmou: Eu sou o caminho a verdade e a vida. Jo 14,6
E só Jesus é a resposta e a solução para a problemática humana define o documento da Igreja: GAUDIUM ET SPES 18. – Constituição Pastoral sobre a Igreja no mundo atual .

“Portanto, a fé, que se apresenta à reflexão do homem apoiada em sólidos argumentos, dá uma resposta à sua ansiedade acerca do seu destino futuro; e ao mesmo tempo oferece a possibilidade de comunicar em Cristo com os irmãos queridos que a morte já levou, fazendo esperar que eles alcançaram a verdadeira vida junto de Deus”.

Fundamentando nossa fé em Cristo Jesus possamos cada dia fazer boas escolhas, seja na vida profissional, nos relacionamentos, nos afetos, mas principalmente escolher a vida nova que nos espera na eternidade.

Eu tenho feito a experiência de rezar e pedir a Deus o dom do discernimento, antes de tomar qualquer decisão! Deixo pra você esta dica.


Feliz Natal e boas escolhas!

A diferença que Separa um SONHO de Uma META

Ano novo, vida nova! Depois da virada de mais um ano, existe algo diferente no ar. Já diz o poeta: "Ainda bem que existem janeiros...". Na mídia, na rua, no trabalho é comum ouvir alguém dizer que neste ano vai comprar uma casa, ou viajar para tal lugar, trocar de carro, ou simplesmente que este ano vai ser diferente! São sonhos e metas que se entrelaçam e dão um novo ânimo para a vida. Algo interessante que descobri nesses dias é a diferença que separa um sonho de uma meta.

Talvez até hoje você só tenha sonhado com o que gostaria de realizar na vida, mas nunca tenha dado nem um passo concreto para realizar este sonho, ou seja, está vivendo sem meta. Segundo a psicóloga e escritora Danielle Tavares - "Meta é um alvo definido. Um ponto certo aonde se quer chegar. E pode-se aplicar este conceito nas diversas áreas da vida: família, profissão, estudo, relacionamento afetivo e social, economia, finanças pessoais, etc." Em clima de recomeço, considero importante avaliar nossos reais objetivos e reconhecer quais destes são metas. "Se você não sabe para onde ir, qualquer caminho já serve."

Quando não buscamos concretamente o que queremos ou sonhamos, acabamos "atirando para todos os lados" sem acertar o alvo. Desse jeito pode-se chegar ao final sem ter o que comemorar, e isso não é a vontade de Deus para nenhum de seus filhos, inclusive você. Pergunto-lhe: Você sabe que rumo está dando para sua vida com o trabalho que realiza agora? Tem buscado no dia a dia o que realmente deseja alcançar? Se a resposta for negativa, provavelmente você não esteja feliz, e é possível que sua vida esteja sem sentido. Daí vem a pergunta: Mas e agora? O que fazer? Acredito que neste e em todos os casos, devemos sempre lembrar que nunca é tarde para recomeçar. Independentemente da idade ou situação em que se esteja, com a graça de Deus e força de vontade, tudo é possível. Sonhar e querer algo é importante, mas isso não basta quando se trata de realização.

É hora de traçar metas e dar passos concretos. Ouvi uma historinha, há pouco tempo, que me ajudou a entender a diferença entre meta e sonho, veja só: Havia cinco macacos no galho de uma árvore: dois deles decidiram pular e pegar algumas bananas que estavam ali perto. Então vem a pergunta: Quantos macacos permaneceram no galho? A resposta é simples: os cinco animais continuaram no galho. Sabe por quê? Porque decidiram pular, mas nenhum deles fez isso de fato. Precisamos começar bem o ano, para vivê-lo bem por inteiro. Acredito que definir as prioridades e dar passos para chegar aonde se quer é um ótimo ponto de partida. Disso vem a transformação de vida: a partir das atitudes e preferências concretas do dia a dia.

Claro que isso não se consegue de uma hora para outra, empenho e perseverança são fundamentais. É também uma questão de escolha e disciplina pessoal. O apóstolo Paulo, em uma de suas cartas, diz: "Nenhum atleta será coroado, se não tiver lutado segundo as regras" (II Timóteo 2 , 5). Que o Senhor nos ensine a buscarmos do jeito certo as metas que queremos alcançar neste ano novo e sempre. Feliz vida nova para você!

Nossa Igreja tem Ascendência, tem Raiz!!

Jesus é a verdade, e tem a verdade em si. A grande verdade que ficou guardada no coração de Deus e que Jesus revelou, após a multiplicação dos pães e o Seu caminhar sobre as águas no mar em tempestade na Galileia (cf. Jo 6,1-21), é que Ele se daria a nós na Eucaristia.Ele foi para o Céu e está à direita do Pai, e deixou-nos a Igreja. Mais ainda: Jesus firmou essa Igreja numa rocha.

No Evangelho de São Mateus, depois que Pedro confessou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Tu és o Ungido! Tu és o Messias!” (cf. Mt 16,16).Assim como Pedro revelou a identidade de Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”, da mesma forma Jesus declarou a identidade de Pedro: “Tu és pedra, e sobre esta pedra, que és tu, Pedro, edificarei a minha Igreja”. Precisamos aceitar e viver essa realidade.

A Igreja sempre se reuniu para pedir a inspiração de Deus na escolha de alguém que sucedesse Pedro e assumisse sua autoridade, na unção do Espírito, como Josué sucedeu Moisés e continuou sua missão. A nossa Igreja tem ascendência, tem raiz. Ela vem desde Jesus que constituiu Pedro. Só existe uma Igreja verdadeira, a Igreja una, santa, católica, apostólica.

Deus o abençoe!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Amados (as), Paz e Fogo!

Conforme orientação abaixo, segue decisão do Conselho Nacional da RCCBRASIL sobre o TEMA ÚNICO PARA OS RETIROS DE CARNAVAL 2012: "O Senhor é meu pastor, nada me faltará". (Sl 22,1)

Desta forma trabalharemos com os irmãos que estarão conosco durante o Carnaval a temática do "Apascenta as minhas ovelhas" (Jo 21, 17), tema para o ano todo, de uma forma mais próxima da vida daqueles que acompanham a vida da Renovação, porém ainda não são servos.

OBSERVAÇÕES:

--> Para os grupos que ainda não haviam discernido o direcionamento dos temas para seu retiro de Carnaval, construir/programar as pregações a partir desta orientação;

--> Para os grupos que já haviam começado o processo de discernimento, porém ainda não haviam fechado nada, pede-se que tomem esse orientação de agora e sigam a partir dela;

--> Para os grupos que já fecharam temas, sub-temas e já distribuíram as pregações para os pregadores, orienta-se que incluam/encaixem pelo menos 1 pregação com esse tema no retiro.

Ajudem-nos a divulgar, por favor.

Em Cristo,

Felippe Felizardo
RCCPARAÍBA

"Uma nova unção para um novo tempo"

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E-mail da Equipe Nacional:

Date: Tue, 6 Dec 2011 04:30:55 -0800
From: ierecegilberto@yahoo.com.br
To:

Olá meus queridos, PAX!
Em relação ao nosso Tema para os Eventos de Carnaval 2012 ficamos assim:

19 - votos favoráveis (18 estaduais + presidência nacional)

08 - estaduais não se manifestaram dentro do prazo ou seus e-mails não entraram na minha caixa.

Desta forma, o Tema para os Eventos de Carnaval 2012 é: "O Senhor é meu pastor, nada me faltará."

Anexo a planilha com os votos contabilizados!
Abraço fraterno da serva, irmã e amiga.
Envia Senhor Teu Espírito e tudo será criado. E renovareis a face da Terra.
Ierecê Gilberto
Segunda Secretária do Conselho Nacional
RCCBRASIL
Conselheira ENS - MURBRASIL
GOU: Miles Domini (UEM - Maringá)
GPP: Sopro de Vida (Maringá-PR)

Eu amo a RCC!!!

sábado, 26 de novembro de 2011

Repouso no Espírito e Renovação Carismática

Repouso no Espírito e Renovação Carismática

Na Renovação Carismática, encontram-se várias manifestações do poder do Espírito Santo, que de início espantaram grandemente, mas que são agora mais facilmente admitidas como autênticas; é assim com o dom das línguas, das curas, a Efusão do Espírito, a imposição das mãos.

Mas há um fenômeno sobrenatural menos conhecido, que se torna cada vez mais frequente na Renovação Carismática: é o repouso no Espírito. Depois de um estudo atento sobressai, sem equívoco possível, que esta experiência encontra o seu fundamento na teologia.

Com efeito, o repouso no Espírito reveste-se das características do arrebatamento (que é uma espécie de êxtase) salvo na sua causa imediata, que é o pedido feito a Deus, numa oração apropriada.

Convém lembrar que se encontra uma situação semelhante no Batismo do Espírito. Com efeito, este favor espiritual era normalmente concedido àqueles que faziam progressos notáveis na vida espiritual, enquanto que agora é recebido até pelos pecadores, por vezes de um modo instantâneo, na sequência de uma oração feita por outros para esse fim. É assim, também, para o repouso no Espírito. Outrora, apenas se encontrava (pelo menos na maior parte das vezes) nas pessoas avançadas na vida espiritual; pelo contrário, nos nossos dias, a oração ao Espírito Santo obtém-no até para os pecadores.

Como é um arrebatamento, o repouso no Espírito é da mesma família da ordem extática, mas não arrasta consigo a santificação da pessoa nalguns instantes. Esta experiência mística é destinada a favorecer uma vida cristã mais fervorosa ou uma conversão do coração.

Habitualmente, o arrebatamento verifica-se em pessoas avançadas na vida espiritual, ou, como dizia Santa Teresa d'Ávila, que atingiram as sextas moradas do castelo interior. Não se chega, portanto, de um pulo, ao período do êxtase ou do arrebatamento; em geral este é precedido de uma série de etapas de contemplação infusa, das quais a menos elevada é chamada por Santa Teresa d'Ávila "oração de contemplação".

Lembremo-nos de que há três graus no êxtase:
1) O êxtase simples, quando este se produz lentamente, ou se não é muito forte;
2) O deslumbramento, quando o êxtase é súbito e violento;
3) O voo do espírito, quando, como diz Santa Teresa d'Ávila, "age de tal maneira que o espírito parece verdadeiramente sair do corpo".

Ora, as características do deslumbramento encontram-se no repouso no Espírito, salvo, evidentemente, o grau avançado de vida espiritual. Com efeito, acontece que Deus concede uma tal experiência espiritual a pessoas de virtude vulgar, ou a principiantes na vida espiritual, a fim de os atrair a Si.

O repouso no Espírito resulta, mais frequentemente, da imposição das mãos, ou pelo menos de um toque da mão na cabeça, embora esse gesto não seja sempre necessário. A pessoa começa a vacilar, para finalmente cair devagarinho para trás. Esta queda é causada por uma graça tão poderosa do Espírito Santo que o corpo já não pode suportá-la e, então, as suas forças abandonam-no. Contudo, é preciso esclarecer que a queda não é obrigatória e não condiciona, necessariamente, a recepção da graça. Por outro lado, aqueles que não "caem" são afetados por uma vertigem não desagradável, tremuras ou pernas debilitadas, mas estas manifestações físicas são impregnadas de doçura e de paz. A sensação interior de repouso no Espírito parece existir também nas pessoas que não caem.

Repouso no Espírito e Missão Divina

O repouso no Espírito supõe uma nova efusão do Espírito Santo ou, mais precisamente, como se chama em teologia, uma nova missão deste Espírito Divino. Lembremos que as Missões Divinas, quer dizer, o envio das Pessoas do Filho e do Espírito Santo, podem ser visíveis ou invisíveis. Estas últimas constituem as principais modalidades da ação santificadora da Trindade Santa nas nossas almas.

Quanto ao repouso no Espírito, não é uma nova vinda da Pessoa do Espírito Santo, já recebida no Batismo; pelo contrário, consiste numa nova efusão das suas graças e das suas manifestações. Esta nova efusão do Espírito Santo realiza, então, uma renovação real da relação da pessoa com o Espírito Santo que já a habita e uma experiência de Deus mais íntima, que se abre num conhecimento amoroso mais ardente.

O repouso no Espírito é, portanto, o efeito de uma missão divina, porque comporta o progresso na vida espiritual e porque constitui um novo estado de graça santificante.

Repouso e Batismo no Espírito

O repouso no Espírito resulta, portanto, de uma nova efusão do Espírito Santo, mas de um gênero diferente da que o Batismo no Espírito provoca. Com efeito, a experiência espiritual do repouso no Espírito parece realizar-se, sobretudo, ao nível da inteligência. Pelo contrário, o Batismo no Espírito verifica-se, em especial, ao nível da afetividade.

O repouso no Espírito desenvolve consideravelmente a acuidade intelectual, no sentido em que a atenção é mais levada para a experiência atual da intimidade divina. A consciência é amplificada, mas é desviada das realidades exteriores e é mais centrada na realidade sobrenatural. Por outro lado, os limites pessoais podem, também, tornarem-se mais manifestos. Há, portanto, um engrandecimento da lucidez interior sobre Deus e sobre si próprio.

O repouso no Espírito é um arrebatamento que interrompe o conhecimento que se pode adquirir por si próprio. O Espírito Santo não faz, portanto, um vazio na inteligência, mas suspende temporariamente a sua atividade, fixando-a em Deus. É isto que se chama, em teologia mística, a "ligação das faculdades".

Tudo o que a alma conhece pelas suas próprias forças não é nada, em comparação com os conhecimentos abundantes e rápidos que lhe são comunicados durante os arrebatamentos. O repouso no Espírito é frequentemente acompanhado de luzes especiais e novas, que se dirigem para Deus, para o Cristo, para a sua misericórdia, para o valor da vida cristã, para os pecados, para os defeitos, os insucessos, etc. Estas luzes não acontecem sempre explicitamente durante o repouso no Espírito, mas a sua compreensão desenvolve-se ao longo das horas ou dos dias que se seguem à experiência.

Durante os arrebatamentos e, portanto, durante o repouso no Espírito, Deus revela segredos de ordem sobrenatural; habitualmente, sente-se que a inteligência cresce, que há um aumento das faculdades superiores. Acodem ao espírito ideias profundas, mas é impossível explicá-las com detalhe e com precisão. Isto advém do fato não de que a inteligência estivesse como que adormecida, mas de que foi elevada a verdades que ultrapassam a capacidade do espírito humano.

Enquanto a inteligência conhece uma dilatação prodigiosa, a atividade da imaginação está suspensa durante os períodos culminantes. Quanto mais a luz é forte, mais a alma se sente encandeada, cega. Por outro lado, se ficarmos somente pelas aparências, o repouso no Espírito pode apresentar algumas semelhanças com os estados parapsicológicos, como os estados hipnóticos, histéricos, mediúnicos, magnéticos, letárgicos, cataléticos... Contudo, a semelhança é apenas exterior; apresenta-se somente nos fenómenos corporais, que têm relativamente pouca importância no repouso no Espírito. Quanto à sugestibilidade, pode, por vezes, contribuir para provocar o repouso no Espírito; contudo, não se deve exagerar a sua importância. De qualquer maneira, é impossível que a sugestão, por si própria, possa provocar uma reação tão violenta e tão súbita como o repouso no Espírito.

Repouso no Espírito e incapacidade corporal

O repouso no Espírito traduz-se, habitualmente, por uma incapacidade corporal. A pessoa começa por vacilar, para finalmente cair suavemente para trás; a energia física desvanece-se. A pessoa está como que ofuscada pela intensidade da presença interior do Espírito Santo. Há, então, incapacidade de adaptar o psiquismo e os sentidos a uma experiência espiritual tão intensa.

Em termos técnicos, pode dizer-se que, no decurso do repouso no Espírito, só o "Pneuma" se liberta para se "aquecer" no seio do Pai, enquanto que a "psique" está como que ligada desde que se deu a "invasão" do corpo pelo Espírito Santo. Enquanto a pessoa "repousa" no chão, parece estar num meio-sono, banhada numa grande paz. Terá, por vezes, a impressão de estar como num outro mundo, ou ainda, como do lado de fora do seu corpo. Saboreia uma grande alegria interior, um amor de Deus muito intenso, a que se junta por vezes uma cura física ou interior, ou opera-se uma conversão profunda. O repouso no Espírito dá, frequentemente, forças novas ao corpo e ao espírito, tal como o sono natural regenera as forças corporais. O repouso no Espírito é uma inibição reparadora.

Quanto à duração, vai de alguns segundos até algumas horas. Quanto mais tempo dura, mais a influência divina é susceptível de ser profunda. A maior parte das pessoas deseja não ser incomodada, a fim de saborear esta presença invulgar de Deus.

Como recebê-lo

De uma maneira geral, pode dizer-se que uma pessoa que está habitualmente aberta às inspirações do Espírito Santo, esteja ou não avançada na vida espiritual, está mais disposta ao repouso no Espírito. Pode notar-se, contudo, uma diferença: é que a pessoa avançada continuará tranquila e sossegada, enquanto que a outra estará sujeita à emoção.

Se o repouso no Espírito não se produz, a pessoa poderá, até mesmo, ser santa e habituada à influência do Espírito. De qualquer maneira, é preciso evitar fazer um julgamento geral sobre as pessoas que recebem o repouso no Espírito e as que não recebem. Mas, em poucas palavras, pode dizer-se que apenas não se recebe o repouso no Espírito porque se resiste, recusando-o, ou então porque se está habituado à ação do Espírito em si próprio.

Por outro lado, o repouso no Espírito sobrevém, a maior parte das vezes, na oração. Pode tratar-se de um grupo de pessoas, mais ou menos considerável, reunido para uma oração comum, seja litúrgica, seja carismática; mas uma ocasião muito favorável é a celebração eucarística, especialmente depois da santa comunhão. Quanto mais a atmosfera está impregnada de oração, mais o repouso no Espírito se manifesta, por vezes mesmo sem as que as pessoas sejam tocadas por outras. A oração de louvor é uma causa particularmente eficaz do repouso no Espírito. Este repouso também se produz, muitas vezes, a seguir a um ministério de pregação, confinante a orações de cura. Convém assegurar um clima tranquilo na assembleia e evitar a exaltação da assistência e toda a procura de espetáculo.


Pe. O. Melançon, CSC

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Não Existe Caminho Para Jesus Cristo sem Oração

Não existe caminho para Jesus Cristo sem oração
Padre Reginaldo Manzotti


Oração é força em todos os momentos, mas quem é de oração diária sabe que nem todo dia é fácil ter fé. Rezar é um diálogo amoroso [com Deus], mas também uma disciplina, uma questão de fé. No entanto, eu percebo que deixamos para rezar apenas nos momentos de desespero, de incertezas; e não entendemos os três pilares da oração: vida, Palavra e liturgia.

Hoje, vamos nos lembrar de que a intimidade com Deus é estar na presença d'Ele; a mesma intimidade que Moisés teve com o Senhor no Êxodo; a intimidade profunda de Jesus com o Pai. Assim Cristo viveu, morreu e ressuscitou.

Querido povo de Deus, lembremo-nos do que Nosso Senhor representou na vida dos apóstolos: um homem de profunda oração. Tanto que é chamado de "o novo Moisés". Moisés foi um líder espiritual, passou por todo o processo de conversão, fez a experiência da sarça ardente. O maior trabalho do profeta não foi com o faraó, mas trabalhar a consciência dos anciãos, convencê-los e a todo povo de que poderiam ter uma vida diferente na Terra Prometida. Esse foi seu maior trabalho.

No livro do Êxodo, Moisés é chamado a subir o Monte Sinai e lá permanecer por 40 dias e 40 noites. Nesse tempo, o povo se perdeu, fez um bezerro de ouro. O povo tinha quebrado o pacto com Deus, traído Javé. Ao voltar, o profeta se depara com um povo traidor. Então, o Senhor lhes diz: “Jamais andarei entre vós”. Moisés diz: “Se é, pois, verdade que gozo de teu favor, faze-me conhecer teus caminhos, para que te conheça e assim goze de teu favor. Considera que esta nação é o teu povo”. Deus lhe responde: “Farei também isto que pediste, pois gozas de meu favor, e eu te conheço pelo nome” (Êxodo 33,13-17). Intimidade é entrega, é confiança, cumplicidade, parcimônia, é quando o sonho de um se mistura ao sonho de outro. Para mim, oração não é uma coisa estanque, mas intimidade, é viver dia e noite na presença de Deus.
Ser íntimo de Deus é estar na presença d'Ele


Jesus é o mestre da oração, razão pela qual os apóstolos Lhe pediram que os ensinasse a rezar. A base da oração está em Lucas: “Pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate, a porta será aberta” (Lucas 11,9-10). Por que você reza? Porque acredita, porque necessita do Senhor. Rezar sempre foi o apelo de Jesus feito para nós. Precisamos fazer um condicionamento espiritual, nos exercitar na oração. Se temos de exercitá-la, temos de aprender a rezar. Mas quais são as suas dificuldades na oração? Já me fiz essa pergunta. Geralmente, as respostas são: falta de tempo (desculpa esfarrapada!), distração, dificuldade de oração.

Onde buscar conteúdo para a oração? 1 - Na Palavra de Deus, a primeira mina d'água da oração. Se você não tem a Palavra, a oração não flui. 2 - Na liturgia da Igreja. Uma pessoa que não tem uma vida de sacramento, raramente tem uma vida de oração.3 - Nas virtudes de fé, esperança e caridade. Elas são conteúdos da nossa oração.4 - A vida. Leve sua vida em oração para Jesus. Rezar é derramar sua vida para Ele, dizer-Lhe como ela está. Quando a vida entra na oração, pode ser que o que temos para mostrar ao Senhor não seja muito bom, seja pouco, mas é o que Deus quer de você. Muitas vezes, não progredimos na oração, porque achamos que ela é só para as horas de UTI. Mas não existe caminho para Jesus Cristo sem oração.Quero lembrá-los de que Jesus é o caminho que nos leva ao Pai. Mas como rezar? A Igreja nos ensina algumas maneiras:
"Ninguém fica na presença de Deus sem estar empregnado d'Ele"


O primeiro tipo de oração é a vocal. É quando Deus fala ao ser humano por meio de Sua Palavra e por meio dela nos dirigimos a Ele. Uma das expressões da oração vocal é o Pai-nosso, mas a oração vocal não pode estar desligada do nosso desejo, porque, senão, torna-se uma oração mecânica.Acredito que mesmo uma pessoa que entra numa igreja e fique distraído o tempo todo, Deus melhora a vida dela, porque ninguém consegue estar no sol sem se bronzear. Da mesma forma ninguém fica na presença de Deus sem estar empregnado d'Ele. Mas o contrário também acontece, pois se você ficar na presença do demônio, também ficará encardido. É importante lembrar-se de que a oração vocal é uma expressão de palavra e também uma oração direta com Deus.

O segundo tipo de oração é a litúrgica. Ela tem de ser uma expressão exterior que nos acompanha e dá sentido às coisas, como ajoelhar-se, sentar-se no momento da leitura para ouvir a Palavra e levantar-se no Evangelho, estar de prontidão, atento. A oração tem de vir com sentimento e passar pelos nossos sentidos.O canto na liturgia também é uma forma de oração. Santo Agostinho disse: “Quem canta reza duas vezes”. Toda oração é poderosa; sua força não está no poder da palavras, mas na fé, nas virtudes. Querido povo de Deus, temos de aceitar os momentos de "oásis", mas a maior parte de nossa vida é feita no "deserto". Se quisermos ficar apenas no oásis, não chegaremos à Terra Prometida.Você tem pedido para Deus tirar sua tibieza, sua falta de fé? Nem toda hora é fácil ter fé, nem toda hora é fácil tomar a cruz. Mas caminhe pelo deserto para alcançar a Terra Prometida.

Transcrição e adaptação: Michelle Mimoso

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Testemunho de Vida

Caríssimos Irmãos e Irmãs
Paz e Fogo

Sabemos que existe diversos fatores que move o amor de Deus dentro de nós, a vontade de Evangelizar e seguir em Frente. Particularmente pra mim, existe um fator primordial que move esse amor de Deus dentro de mim, na Missão do meu grupo de oração e em toda a minha vida: O Testemunho de Vida.

Dentro do Ministério de Pregação, ouvimos frequentemente a frase: É preciso primeiro eu testemunhar a minha vida, para depois pregá-la.
Pois bem amados, o testemunho de vida é um impulso para a nossa vida, são exemplos e lições que a própria vida encarregou de nos ensinar, promovendo-nos o crescimento, fortaleza, sabedoria, força e lição.

São Francisco de Assis, em um de seus belos ensinamentos, falou assim uma vez:
Estava eu saindo para evangelizar, quando falei para os meus "discipulos": - Vem comigo, vou sair para pregar!" Os seguidores de São Francisco logo entusiasmados, seguiram-no, com entusiasmo e alegria de poderem pregar as nações. São Francisco, junto aos seus seguidores, andaram por todo um povoado. Ao chegarem, todos comentavam entre si aquela Missão, e euforicos, curiosos, perguntaram a ele: Mas Francisco, andamos por todo o povoado e não pregamos se quer uma palavra!!
Sabiamente São Francisco respondeu: Prego todos os dias com o meu testemunhos, se preciso for, uso as palavras!!!

O testemunho é a nossa forma de vida, de pregar, de evangelizar, de dar força e de mover o amor de Deus em nós e nos irmãos.

Amados do Senhor, trago-vos hoje um testemunho de vida lindo, de uma irmã que conheci no Rio Grande do Norte, através da minha evangelização pelas redes sociais. Me comoveu muito a forma como ela fala da vida, da vontade de viver, na fé que tinha em sair da situação em que se encontrava e de como ela amava Deus por tudo aquilo.

Tive a graça de conhece-la pessoalmente, o que só me comprovou o tamanho da fé que ela sente em Deus, da confiança por tudo aquilo que Deus coloca na vida dela.
Aproveitem, deliciem-se, movam-se por esse exemplo de vida. Creiam que a vontade de Viver, é muito maior, quando ouvimos a ação de Deus na vida das pessoas.


Testemunho de vida de Mylla Sabrina - Carnaúba dos Dantas - RN
Por Mylla Sabrina:


Senhor, hoje estou aqui para ofertar a minha gratidão, mostrar a frente de todos o meu amor por ti e mostrar a todos a minha vitória, pois o Senhor livrou minha alama da morte, mudou minha dorte, sou um MILAGRE, aqui estou.
Em um trágico acidente aconteceu tudo isso comigo. Cheguei em Natal muito mal, inconsciente, a bacia com três fraturas e uma quebradura, com anemia forte, tive hemorragia na bacia e precisei tomar sangue para repor. No hospital, falavam que meu estado era grave e que restava rezar. mas graças a Deus ainda não era a minha hora de partir. Ainda tenho muito o que viver e aprender, tenho muito a desfrutar do amor de Deus.

Passei 26 dias em Natal, 9 dias no Hospital Walfredo Gurgel, de lá fui transferida para o hospital Médico cirurgico, onde passei 17 dias. Os 9 dias que passei no Walfredo Gurgel, não lembro de nada, devido uma fratura temporal e em mastóide direita e na base central do crânio.

Uma menina independente, mas que de uma hora pra outra me vi dependendo da ajuda de pessoas para me dar banho, comer e realizar minhas necessidades. Eu poderia ter me revoltado contra Deus e falar: Senhor, porque justo comigo aconteceu isso? Poderia até ter caído em uma depressçao porque eu andava muito, quase não parava em casa e de repente você saber que nem tão ceo poderia voltar a andar. Mas não, eu não pensei assim. Minha Fé moveu Montanhas.

Minha mãe me contou que na agonia delirando eu fazia o Pai Nosso e dizia que ja trinha rezado três missas. foi Dificil pra mim passar 26 dias londe das pessoas que amo, dos meus amigos e familiares. Mas eu era muito forte e pensava assim: O importante é que eu vou ficar boa logo logo e vou está ao lado de todos.

Deus e Maria são tão bons e nos ama tanto que em enviaram dois anjos da guarda pra me ajudar. Martins, que mecheu na minha cabeça e foi aí que eu sangrei muito e o médico me disse que eu tenho que levantar as mãos e agradecer primeiramente a Deus e em segundo a Martins, porque se ele não tivesse mechido na minha cabeça, tinha dado hemorragia interna e hoje eu não estava aqui contando minha história. E Tota de Aristóteles que me tirou do Walfredo Gurgel e me colocou no Médico Cirurgico, porque se não fosse ele, eu ainda estava internada lá porque mas de 300 pessoas esperam por uma vaga de cirurgia ortopédica lá no Walfredo. Teve um dia que eu estava sentindo muita dor na perna e chorava muito, peguei meu terço e comecei a rezar, pedindo a Nossa Senhor que viesse com seu Manto e passasse sobre minha perna para aliviar minhas dores, e em um piscar de olhos eu não sentia mais nada. Eu pedia muito a Deus Paciência para lidar com tudo e agradecia por minha vida.

Na primeira Missa de Cura e Libertação do Cerco de Jericó, minha mãe ligou pra mim e eu falei: - Mãe vou desligar, porque nesse exato momento vai começar a Missa de Cura e Libertação lá em Carnaúba dos Dantas e eu vou rezar. E na sexta de manhã minha mãe voltou a ligar e eu disse: - mão, hoje é o dia da minha grande VITÓRIA, mas quando o médico viu o raio-x disse que não iria ser preciso operar, que era melhor colocar um ferro para alinhar os ossos da bacia, porque com o tempo se fosse preciso operar iria ser simples a cirurgia. No ultimo dia do Cerco de Jericó teve novamente a Missa de Cura e Libertação. Na quinta de tarde foi solicitado outro raio-x para ver como andava os ossos da bacia. O médico me disse que poderia ser preciso operar porque o osso da bacia ainda não estava totalmente alinhado e disse: - Mylla, vamos rezar para que não seja preciso operar. Durante a Missa de cura e libertação no hospital eu rezava muito e pedia a Deus para não ser preciso operar, e com dois dias depois o médico se surpreendeu porque o osso que iria ser operado estava totalmente colcado e que definitivamente eu não iria ser operada, e ele disse: - Mylla, o que foi isso? Eu falei: - Foi Deus. Por isso que falo que não fui operada pelo médico, mas sim por Deus. Eu tenho certeza que se eu não tivesse tanta FÉ, hoje eu não estava aqui. Todos os dias da minha vida eu vou agradecer a Deus e a Mãe Santíssima por minha vida e saberei aproveitar minha nova oportunidade de vida como Deus e Nossa Senhora mandar.

No dia da coroação do ermo eu já estava em casa e chorava muito porque queria ir a Missa, mas não podia porque ainda não me sentava nem andava, mas ali no meu quarto toda vez que eu olhava a imagem de Nossa Senhora e Jesus Cristo minha vontade era de se ajoelar e se levantar e agradecer. Era como se eles mes dissessem: "LEVANTA E ANDA".

E no dia de Corpus Christi, me senti novamente chamada por Deus, só que a me sentar e era como se Deus me dissesse: - Mylla, se sente! Se você cair eu te levanto! Foi muito emocionante porque depois de dois dias que eu sentei, voltei a Natal e o médico me liberou pra sentar e andar de muletas e foi aí que eu percebi que toda quinta feira, desde o tempo do cerco de jericó, acontecia um milagre na minha vida. O médico me deu oito meses para voltar a andar e por um milagre de Deus, hoje estou andando sem ajuda de nada e pude participar do Seminário de Vida no Espírito Santo, onde Deus me mostrou que os obstáculos são grandes, mais confias tudo NELE que tudo dará certo. A minha FÉ trouxe a mim, a minha cura!!! Milagres acontecerem, pois eu sou um milagre e estou aqui.

Nesse Momento quero agradecer a todos que me colocaram e ainda me colocam em oração. Que Deus abençoe a todos como me abençoou!


Testemunho enviado por Mylla Sabrina -

Postagem escrita por: Reginaldo Batista dos Santos Junior
Coordenador do Grupo de Oração Estrela da Manhã RCC

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Encontro Diocesano do Ministério Jovem



I ENCONTRO DIOCESANO DO MINISTÉRIO JOVEM

TEMA: AQUI TEM JOVEM, AQUI TEM FOGO



Caríssimos irmãos, paz e fogo.


O Minstério Jovem Diocesano, na coordenação do Nosso Irmão Antônio de Lima, recém eleito também, coordenador do Grupo de Oração Nossa Senhora das Graças da cidade de Guarabira-PB, vem através de uma iniciativa fantástica, promover o I ENCONTRO DIOCESANO AQUI TEM JOVEM AQUI TEM FOGO, convidando todos os jovens a resgatar o fogo do Espírito Santo que inflama dentro de nós Carísmático.


Será um dia de Aviamento, pregação, e muito clamor do Espírito Santo, por esse ministério que resgata e controi vidas. É chegado um tempo de levante na Renovação de Guarabira, e com o Ministério Jovem não deixaria de ser assim. É chegada a hora de fazermos a DIFERENÇA, de levantarmos um Exercito Jovem, Um Exercito de Santos, SANTOS DE CALÇA JEANS.


Você é convidado, a junto com a Juventude Diocesana de Guarabira-PB e região, clamar no dia 06 de novembro, na antiga Cúria Diocesa, Por trás da Catedral de Guarabira, o Fogo do Espírito Santo na tua vida, no teu Ministério e pra toda a Juventude Carismática.


Segue A seguir a Programação:


08:00 hs - Incrição (R$ 3,00)

08:30 hs - Início com o Santo Terço

09:00 hs - Animação e Oração

09:40 hs - 1ª Pregação - Cleodé - Coord. Estadual do Ministério Jovem

10:30 hs - Intervalo

11:00 hs - Santa Missa

12:00 hs - Intervalo para o Almoço

14:00 hs - Animação e Oração

14:30 hs - 2ª Pregação - Cleodé - Coord. Estadual do Ministério Jovem

15:20 hs - Encenação

15:35 hs - Palavra do Coordenador (Antônio - Coord. Diocesano do MJ)

16:00 hs - Encerramento

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

A busca da Perfeição

A busca da perfeição
Não se deve nivelar as normas de Deus com os preceitos humanos

"Sede perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,38-48). Esta clara determinação do Mestre divino é um vibrante apelo à fuga de toda e qualquer mediocridade. Cristo nos ensina que o apelo à santidade é para todo batizado.
Muitos julgam que a perfeição cristã está reservada aos grandes místicos como Santa Catarina de Sena, São João da Cruz ou Padre Pio. Eis aí um ledo erro, pois tal é a vocação de todo aquele que tem fé, dado que Deus já preceituara no Antigo Testamento: “Sede santos, porque eu sou santo”, como está no Livro do Levítico (Lv 2,43-45).

Jesus veio a esta terra para mostrar como colocar em prática a solicitação divina. Os santos realizaram de maneira excelente aquilo que todo cristão deve querer ser se tiver plena consciência de sua vocação. Não se trata de viver na estratosfera, num estado de alienação, mas simplesmente estar imbuído de uma disposição sincera de adesão à vontade do Ser Supremo, amando-O e ao próximo como Jesus amou.

Amar é preferir. É sacrificar as preferências egoístas para aderir às de Deus e aos legítimos interesses dos irmãos na fé, inclusive amando os inimigos e por eles orando.
Na prece do Pai Nosso se reza o que nem sempre se coloca em prática: “Seja feita a vossa vontade”. São Paulo decodificou o amor ao semelhante com detalhes magníficos: “A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é invejosa, não se ufana, não se ensoberbece, não é ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita o mal. Não folga com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Cor 13,4-7).

A busca da perfeição, assim conceituada, é sem limites, pois o referencial dado por Cristo é a santidade divina. Ele deu a seus seguidores um modelo a imitar.
Não se deve abaixar as normas de Deus ao nível dos preceitos humanos. A medida que se deve aspirar é a imitação do Todo-Poderoso na sua infinita santidade.
Não há nunca um basta na caminhada do verdadeiro cristão. É claro que cada um alça seus vôos para o Alto de acordo com seus próprios carismas e sua atividade específica dentro da sociedade. Enraizado no batismo e na confirmação deste, cada um deve procurar o Reino de Deus ordenando as coisas temporais em vistas da salvação própria e dos outros. Tudo depende da união vital com Cristo, ou seja, uma sólida espiritualidade nutrida por uma participação ativa na Liturgia e expressa no estilo das oito bem-aventuranças evangélicas.

Na prática cotidiana isto significa a competência profissional, o senso sagrado do espírito familiar e cívico, as virtudes sociais. Além disto, na medida do possível, o engajamento nas diversas pastorais, colaborando na difusão do verdadeiro Cristianismo. Nunca se deve esquecer que para aqueles que assim amam a Deus tudo coopera para o bem.
A sublime missão de todo batizado é ser predestinado a reproduzir a imagem do Filho de Deus para uma multidão de irmãos. Diz São Paulo: “Os que Ele predestinou, Ele também os chamou. Os que Ele chamou, Ele justificou. Os que Ele justificou, ele os glorificou” (Rm 8,28-30). Deste modo, a santidade do povo de Deus se espalha em frutos abundantes como testemunha.

A força para o progresso espiritual advém a cada um através dos sacramentos que conferem as graças especiais para a vivência plena do Evangelho. O que não se pode, porém, esquecer é que o caminho da perfeição passa pela cruz. Não há santidade sem renúncia e sem combate espiritual. O progresso implica ascese, mortificação, que conduzem gradualmente a viver na paz.

A perfeição que Cristo preceitua tem, de fato, que passar pelo Calvário. Os sacrifícios diários no exercício da profissão, as tarefas de todo instante, a convivência com os semelhantes, a luta contra a carne e seus desejos maus e cobiças desregradas, a fuga das ocasiões de pecado, enfim, tudo isto a cada hora, sem paciência e muita determinação, ninguém consegue sem vencer, conviver consigo mesmo e com o próximo. Animado, contudo pelo Espírito de Jesus, pode o cristão vencer os movimentos desordenados da alma, lutando contra eles. É o que ensina São

Paulo: “Os que são de Cristo crucificaram a carne com as paixões e concupiscências. Se vivemos pelo espírito, andemos também no espírito” (Gl 5, 25).

É, deste modo, que o cristão espera a graça da perseverança final e a recompensa de Deus, seu Pai, pelas boas obras realizadas com sua graça em comunhão com Jesus. Ao guardar esta regra de vida quem crê, vive na casa da esperança, olhos voltados para a Cidade santa, a Jerusalém celeste.
Eis o destino de todo aquele que, virilmente, corajosamente, prontamente busca as veredas da perfeição, as quais nunca se tornam possíveis para os fracos, os pusilânimes, os covardes.

Por tudo isto ser santo é ser salvo.


Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

É preciso fazermos a Diferença!!!



Os primeiros cristãos marcaram a história da humanidade. E nós, que diferença estamos fazendo no mundo?

Meu irmão, minha irmã, eu peço que você leia com atenção o breve texto abaixo, que retrata um estilo de vida que muito nos diz respeito:

“Eles estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem às leis estabelecidas, mas com sua vida ultrapassam as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, apesar disso, condenados; são mortos e, desse modo, lhes é dada a vida; são pobres, e enriquecem a muitos; carecem de tudo, e têm abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida” (carta a Diogneto, n. 5).

Você certamente já sabe a respeito de quem o autor está falando. Esse é um texto muito antigo, escrito nos inícios da propagação da fé cristã.

Nas origens, aqueles que eram “autenticamente” cristãos davam esse tipo de testemunho, tanto que muitos estudiosos, que se dedicam a analisar a vida das primeiras comunidades cristãs, atestam que a mensagem evangélica, a fraternidade vivida nos grupos e o testemunho de santidade, indo até o martírio, levaram muitos a aderirem à nova religião.

Na sequência do texto, o autor diz: “Em poucas palavras, assim como a alma está no corpo, assim os cristãos estão no mundo”. Eles, os cristãos, davam vida ao mundo!

E com quem aprenderam a ser assim? Com o Senhor Jesus, claro! Sim, os cristãos, verdadeiramente fiéis, imitavam Jesus Cristo, tendo por base a Doutrina propagada pelos apóstolos.

E quanto a nós? Se alguém se dedicar a nos observar e retratar o nosso estilo de vida, hoje, como irá nos descrever? Nós, que somos católicos, que frequentamos a Missa, Grupos de Oração, que imagem passamos aos que nos conhecem, convivem conosco?

É necessário que façamos essa autoavaliação, porque temos o compromisso de dar testemunho de vida. Esse é o primeiro meio de evangelização, como nos ensina Paulo VI (Evangelli Nuntiandi, n. 41).

Então, como estamos vivendo? Como temos conduzido nossa vida? Nossos pensamentos, sentimentos, ações são parecidos com os de Jesus?

Em quem nos espelhamos? Qual o papel dos Evangelhos em nossa vida? Eles pautam nosso agir? O que Jesus ensinou, nós buscamos fazer? Temos nos esforçado para isso?

Recebemos uma missão: ser “rosto e memória de Pentecostes”. Devemos mostrar ao mundo a face do cristianismo autêntico; não deixar cair no esquecimento o modelo de vida de nossos pais na fé. Isso é reimplantar uma cultura que já esteve fortemente presente na humanidade. Somos chamados a resgatar, na força que vem do alto, a “Cultura de Pentecostes”.

Somente cheios do Espírito Santo poderemos viver como Jesus viveu. Somente o Paráclito pode nos dar coragem para anunciar, viver o amor fraterno, a santidade. Clamemos sem cessar por sua presença, para que o mundo veja e creia.

Em Cristo,

Lúcia V. Zolin
Coord. nacional da Comissão e do Ministério de Comunicação Social da RCCBRASIL

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Está Descrente???



Está descrente?

Se ultimamente você tem pensado ou expressado seu desapontamento dizendo “estou descrente de Deus”, saiba que você não esta sozinho (a) você tem um bom número de companheiros! Portanto, vou dizer-lhe o mesmo que já disse a outros que usaram esta mesma expressão: Você precisa urgentemente desacreditar desse deus que você criou. Você precisa não só desacreditar como abandonar esse deus, cuja única função é tomar conta do seu dinheiro, da sua casa, do seu carro e da sua saúde, e cujas palavras estão voltadas somente para as satisfações desta vida.

Você não pode continuar crendo num deus que não lhe acena com a paz e o descanso da justiça realizada por ele mesmo. Nesse deus que evita tocar no assunto morte e vida eterna e que dispensa compromissos e comprometimentos, enfim num deus que não lhe diz nada.

Entretanto, mais do que abandonar esse deus medíocre, barato, transitório, modista e limitado ao que a carne exige e sente, você precisa aproximar-se e tornar-se íntimo do Deus que se revela pela sua Palavra e pela sua Igreja, e conhecê-lo. É o Deus que se tornou homem, que se encarnou no ventre da Santíssima Virgem Maria, para se comunicar de maneira amorosa e total. Você e eu precisamos levar a sério o aviso do Deus Eterno que diz: “Sou eu,sou eu o Senhor, não há outro salvador a não ser eu”(Is 43,11). Você precisa descansar no Deus que a cada dia renova suas misericórdias a seu favor, No Deus que, por amor, deu o próprio Filho ao sacrifício para que o pecado não tivesse domínio sobre você nem o lançasse no inferno. Você precisa se entregar, parar de resistir, não mais tentar produzir um “substituto” ao Deus que se revelou, que salva e anuncia continuamente o Seu rosto misericordioso.


Que Deus nos abençoe!

Salve Maria!


Nei

Que Jesus seja amado por todos os corações!

O Importante é Evangelizar

Bom, falando em voltar a viver, às vezes, dentro do nosso ministério nos sentimos cansados, para não dizer: esgotados, não é verdade? Isso é até comum partindo do princípio de que a evangelização requer, de fato, vontade e doação, que, muitas vezes, vão além.

Quantos de nós ministros de música e jovens em geral, que doamos nossas vidas para pregar o Evangelho, não passamos noites acordados ou dormimos pouco, gastando-nos em reuniões para preparar aquele encontro ou em ensaios intermináveis, entre outros. Tudo isso gera um cansaço físico, mas, além disso, um cansaço mental. Precisamos “voltar a viver”, pois senão vamos achando que não vale mais a pena e que a evangelização só consome nosso físico, nossa mente
É, de fato, dar sentido, mas também equilibrar-se.

Quando me vi de frente com o Papa Bento XVI, eu via um homem já idoso, mas quanto vigor naquele sorriso, senti no meu coração um renovar das forças, algo espiritual, não posso negar: o Espírito de Deus me visitou ali me chamando à atenção para a necessidade da evangelização no mundo e quanto o Senhor conta comigo. Fui encontrando em todo o meu ser missionário a vontade primeira de servir, de me entregar a Deus e à Igreja. Foi algo sobrenatural mesmo, visita de Deus. Com isso, percebi que, muitas vezes, fui dando mais importância às coisas secundárias, coisas que passam, deixando um pouco de lado a evangelização.

Quero dizer com isso: quanto tempo desperdiçamos nos desgastando com brigas, desentendimentos, até mesmo arquitetando em nossa mente planos para mostrar ao outro que ele está errado ou para corrigir, ensinar, etc.. Desse modo deixamos o primordial para viver o secundário. Não quero dizer com isso que não deve haver em nosso meio correções, advertências, etc., mas que estamos perdendo tempo brigando por poder, sendo que isso é o menos importante. Com essas brigas vamos nos desgastando e isso vai gerando em nós o desânimo, arma poderosíssima nas mãos do inimigo de Deus. Dessa forma, gastamos nossa energia no lugar errado.

Outro ponto importante: não existe músico ou servo sem vida de oração. Isso quero deixar para outra partilha. Finalizando: ver o Santo Padre trouxe em mim vida, vida nova. Talvez nunca mais o veja de novo, então preciso gastar minha energia com o que realmente é necessário. Mais do que ver o Papa, tenho a oportunidade de ver Jesus todos os dias na Sagrada Eucaristia, então que Ele seja meu ânimo.

Precisamos deixar de lado o que é supérfluo para viver o essencial. O Essencial é a evangelização, é espalhar o amor e a salvação de Jesus a todos. O restante podemos organizar sem maiores desgastes.


Postado por André W. Florencio - Missionário da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Seminário de Vida No Espírito Santo

Palavra dos Coordenadores para o II Seminário de Vida no Espírito Santo do Grupo de Oração Estrela da Manhã


Irmãos e irmãs
Paz e Fogo


Amados, Existem ocasiões em nossas vidas que devemos ter uma atitude para conseguirmos os nossos designíos. Não esqueça que as decisões de hoje seguramente se refletirão no seu amanhã.
É preciso estarmos atentos e lutarmos coninuamente para o nosso fortalecimento Espiritual.

Diante do nosso combate diário, o Grupo de Oração Estrela da Manhã inicia nesta quarta feira dia 31 de agosto e estende até o dia 29 de outubro, seu II Seminário de Vida no Espirito Santo.

Sem dúvida, os Seminários de Vida no Espírito Santo constituem-se um dos momentos mais expressivos do trabalho de evangelização da Renovação Carismática Católica em todo o Brasil. Trata-se de encontros abençoados que, a partir de pregações querigmáticas e de momentos fortes de fraternidade e de oração, proporcionam experiência singular com o amor de Deus Pai, o encontro pessoal com Jesus Cristo, Senhor e Salvador, bem como a graça do batismo no Espírito Santo.

De singela importância para o nosso crescimento Espiritual e pessoal, vinhemos humildemente convidar-vos a experimentar da graça de viver o Batismo no Espírito Santo, vivendo durante 9 Semanas, formações, orações e muita unção de Deus, através dos vários pregadores que irão passar pelo Grupo de Oração.

Peço desde já que intercedam por essa intenção, que coloquem em suas orações as nove semanas de formação que teremos, antes de reavivarmos os nosso dons no Espírito Santo de Deus.

Venha Sentir o amor de Deus invadir o teu coração.
Servo, membro, simpatizante da Renovação Carismática Católica, é preciso amadurecermos a fé, aumetar o nosso conhecimento a cerca das coisas divinas e combatermos os bons combates com toda a força que temos e podemos.


Você é o nosso convidado. Traga a sua Família, amigos e venha unir-se a grande família Estrela da Manhã.


Que a Mão Poderosa de Deus esteja com todos vocês.
Paz e Fogo





Reginaldo B. dos Santos Jhúnior


Coordenador do Grupo de Oração Estrela da Manhã RCC




Otalício Ferreira da Silva


Secretário Geral do Grupo de Oração Estrela da Manhã RCC


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

A Transcedência de Conservar-se em Cristo

Das anotações da Bem-Avenurada Madre Teresa de Calcutá (Fundadoras da Irmãs Missionárias da Caridade)

"Não é Possivel comprometer-se com no chamado se não se é uma alma de oração. Estejamos conscientes de sermos um com Cristo, como Ele estava consciente de ser um com o Seu Pai; a nossa atividade não é verdadeiramente apostólica a não ser na medida em que O deixamos trabalhar em nós e através de nós com o Seu poder, 0 Seu desejo e o Seu amor.

Devemos chegar a santidade, não para nos sentirmos em estado de Santidade, mas para que Cristo possa plenamente viver em nós. O Dom total de nós ao amor, a fé, a pureza, está ligado ao serviço dos pobres. Quando tivermos aprendido a procurar a Deus e a Sua vontade, as nossas relações com os pobres torna-se-ão um caminho de santificação para nós e para os outros.

Amai a oração: ao longo do dia, experimentai frequentemente a necessidade de rezar e tomai o hábito de rezar. A oração dilata o coração até a capaciodade desse dom que Deus nos faz de Si mesmo. Pedi e procurai, e o vosso coração alagar-se-á até O poder acolher e guardar em vós.

Terás dificuldade em rezar se não souberes como. Temos de nos ajudar a rezar: em primeiro lugar, recorrendo ao silêncio, porque não podemos pôr-nos na presença de Deus se não praticarmos o silêncio dentro de nós, mas é um esforço indispensável. Só no silêncio encontraremos novas forças e a verdadeira unidade.

A força de Deus tornar-se-á a nossa, para realizarmos todas as coisas como devemos; o mesmo acontecerá com a unidade dos nossos pensamentos aos Seus pensamentos, a unidade das nossas ações às Suas ações, da nossa vida à Sua vida. A unidade é o fruto da oração, da humildade, do amor.

É no silêncio do coração que Deus fala; se te colocares perante Deus em silêncio e em oração, Deus falar-te-á. Então saberás que não és nada. Sóquando conheceres o teu nada, a tua vacuidade, é que Deus poderá preencher-te Consigo. As almas dos grandes orantes são almas de grande silêncio.

O Silêncio faz-nos ver cada coisa de modo diferente. Necessitamos do silêncio para tocar as lamas dos outros. O essencial não é o que dizemos, mas o que Deus diz - aquilo que nos diz, eo que diz através de nós. No silêncio, ELE ouvir-nos-á; no silêncio falará à nossa alama e ouviremos a Sua voz.

Tornemo-nos um verdadeiro sarmento da vinha de Jesus, um sarmento que dá fruto. Por isso, aceitemos Jesus na nossa vida do modo que Lhe agrada vir a ela:
- Como Verdade, para ser dito;
- Como Vida, para ser vivido;
- Como Luz, para ser iluminado;
- Como Amor, para ser amado;
- Como Caminho, para ser seguido;
- Como Paz, para ser dado;
- Como Sacrifício, para ser oferecido;
entre os nosso parentes, os nossos próximos e os nossos vizinhos."

domingo, 28 de agosto de 2011

Hoje a Igreja Celebra Santo Agostinho

Santo Agostinho
28 de Agosto



Celebramos neste dia a memória do grande Bispo e Doutor da Igreja que nos enche de alegria, pois com a Graça de Deus tornou-se modelo de cristão para todos. Agostinho nasceu em Tagaste, no norte da África, em 354, filho de Patrício (convertido) e da cristã Santa Mônica, a qual rezou durante 33 anos para que o filho fosse de Deus.

Aconteceu que Agostinho era de grande capacidade intelectual, profundo, porém, preferiu saciar seu coração e procurar suas respostas existentes tanto nas paixões, como nas diversas correntes filosóficas, por isso tornou-se membro da seita dos maniqueus.

Com a morte do pai, Agostinho procurou se aprofundar nos estudos, principalmente na arte da retórica. Sendo assim, depois de passar em Roma, tornou-se professor em Milão, onde envolvido pela intercessão de Santa Mônica, acabou frequentando, por causa da oratória, os profundos e famosos Sermões de Santo Ambrósio. Até que por meio da Palavra anunciada, a Verdade começou a mudar sua vida.

O seu processo de conversão recebeu um "empurrão" quando, na luta contra os desejos da carne, acolheu o convite: "Toma e lê", e assim encontrou na Palavra de Deus (Romanos 13, 13ss) a força para a decisão por Jesus:"...revesti-vos do Senhor Jesus Cristo...não vos abandoneis às preocupações da carne para lhe satisfazerdes as concupiscências".

Santo Agostinho, que entrou no Céu com 76 anos de idade (no ano 430), converteu-se com 33 anos, quando foi catequizado e batizado por Santo Ambrósio. Depois de "perder" sua mãe, voltou para a África, onde fundou uma comunidade cristã ocupada na oração, estudo da Palavra e caridade. Isto, até ser ordenado Sacerdote e Bispo de Hipona, santo, sábio, apologista e fecundo filósofo e teólogo da Graça e da Verdade.


Vida Literária e um pouco da linha de Pensamento de Agostinho

A Vida e as Obras


Aurélio Agostinho destaca-se entre os Padres como Tomás de Aquino se destaca entre os Escolásticos. E como Tomás de Aquino se inspira na filosofia de Aristóteles, e será o maior vulto da filosofia metafísica cristã, Agostinho inspira-se em Platão, ou melhor, no neoplatonismo. Agostinho, pela profundidade do seu sentir e pelo seu gênio compreensivo, fundiu em si mesmo o caráter especulativo da patrística grega com o caráter prático da patrística latina, ainda que os problemas que fundamentalmente o preocupam sejam sempre os problemas práticos e morais: o mal, a liberdade, a graça, a predestinação.

Aurélio Agostinho nasceu em Tagasta, cidade da Numídia, de uma família burguesa, a 13 de novembro do ano 354. Seu pai, Patrício, era pagão, recebido o batismo pouco antes de morrer; sua mãe, Mônica, pelo contrário, era uma cristã fervorosa, e exercia sobre o filho uma notável influência religiosa. Indo para Cartago, a fim de aperfeiçoar seus estudos, começados na pátria, desviou-se moralmente. Caiu em uma profunda sensualidade, que, segundo ele, é uma das maiores conseqüências do pecado original; dominou-o longamente, moral e intelectualmente, fazendo com que aderisse ao maniqueísmo, que atribuía realidade substancial tanto ao bem como ao mal, julgando achar neste dualismo maniqueu a solução do problema do mal e, por conseqüência, uma justificação da sua vida. Tendo terminado os estudos, abriu uma escola em Cartago, donde partiu para Roma e, em seguida, para Milão. Afastou-se definitivamente do ensino em 386, aos trinta e dois anos, por razões de saúde e, mais ainda, por razões de ordem espiritual.

Entrementes - depois de maduro exame crítico - abandonara o maniqueísmo, abraçando a filosofia neoplatônica que lhe ensinou a espiritualidade de Deus e a negatividade do mal. Destarte chegara a uma concepção cristã da vida - no começo do ano 386. Entretanto a conversão moral demorou ainda, por razões de luxúria. Finalmente, como por uma fulguração do céu, sobreveio a conversão moral e absoluta, no mês de setembro do ano 386. Agostinho renuncia inteiramente ao mundo, à carreira, ao matrimônio; retira-se, durante alguns meses, para a solidão e o recolhimento, em companhia da mãe, do filho e dalguns discípulos, perto de Milão. Aí escreveu seus diálogos filosóficos, e, na Páscoa do ano 387, juntamente com o filho Adeodato e o amigo Alípio, recebeu o batismo em Milão das mãos de Santo Ambrósio, cuja doutrina e eloqüência muito contribuíram para a sua conversão. Tinha trinta e três anos de idade.

Depois da conversão, Agostinho abandona Milão, e, falecida a mãe em Óstia, volta para Tagasta. Aí vendeu todos os haveres e, distribuído o dinheiro entre os pobres, funda um mosteiro numa das suas propriedades alienadas. Ordenado padre em 391, e consagrado bispo em 395, governou a igreja de Hipona até à morte, que se deu durante o assédio da cidade pelos vândalos, a 28 de agosto do ano 430. Tinha setenta e cinco anos de idade.

Após a sua conversão, Agostinho dedicou-se inteiramente ao estudo da Sagrada Escritura, da teologia revelada, e à redação de suas obras, entre as quais têm lugar de destaque as filosóficas. As obras de Agostinho que apresentam interesse filosófico são, sobretudo, os diálogos filosóficos: Contra os acadêmicos, Da vida beata, Os solilóquios, Sobre a imortalidade da alma, Sobre a quantidade da alma, Sobre o mestre, Sobre a música . Interessam também à filosofia os escritos contra os maniqueus: Sobre os costumes, Do livre arbítrio, Sobre as duas almas, Da natureza do bem .

Dada, porém, a mentalidade agostiniana, em que a filosofia e a teologia andam juntas, compreende-se que interessam à filosofia também as obras teológicas e religiosas, especialmente: Da Verdadeira Religião, As Confissões, A Cidade de Deus, Da Trindade, Da Mentira.

O Pensamento: A Gnosiologia

Agostinho considera a filosofia praticamente, platonicamente, como solucionadora do problema da vida, ao qual só o cristianismo pode dar uma solução integral. Todo o seu interesse central está portanto, circunscrito aos problemas de Deus e da alma, visto serem os mais importantes e os mais imediatos para a solução integral do problema da vida.

O problema gnosiológico é profundamente sentido por Agostinho, que o resolve, superando o ceticismo acadêmico mediante o iluminismo platônico. Inicialmente, ele conquista uma certeza: a certeza da própria existência espiritual; daí tira uma verdade superior, imutável, condição e origem de toda verdade particular. Embora desvalorizando, platonicamente, o conhecimento sensível em relação ao conhecimento intelectual, admite Agostinho que os sentidos, como o intelecto, são fontes de conhecimento. E como para a visão sensível além do olho e da coisa, é necessária a luz física, do mesmo modo, para o conhecimento intelectual, seria necessária uma luz espiritual. Esta vem de Deus, é a Verdade de Deus, o Verbo de Deus, para o qual são transferidas as idéias platônicas. No Verbo de Deus existem as verdades eternas, as idéias, as espécies, os princípios formais das coisas, e são os modelos dos seres criados; e conhecemos as verdades eternas e as idéias das coisas reais por meio da luz intelectual a nós participada pelo Verbo de Deus. Como se vê, é a transformação do inatismo, da reminiscência platônica, em sentido teísta e cristão. Permanece, porém, a característica fundamental, que distingue a gnosiologia platônica da aristotélica e tomista, pois, segundo a gnosiologia platônica-agostiniana, não bastam, para que se realize o conhecimento intelectual humano, as forças naturais do espírito, mas é mister uma particular e direta iluminação de Deus.

A Metafísica


Em relação com esta gnosiologia, e dependente dela, a existência de Deus é provada, fundamentalmente, a priori , enquanto no espírito humano haveria uma presença particular de Deus. Ao lado desta prova a priori , não nega Agostinho as provas a posteriori da existência de Deus, em especial a que se afirma sobre a mudança e a imperfeição de todas as coisas. Quanto à natureza de Deus, Agostinho possui uma noção exata, ortodoxa, cristã: Deus é poder racional infinito, eterno, imutável, simples, espírito, pessoa, consciência, o que era excluído pelo platonismo. Deus é ainda ser, saber, amor. Quanto, enfim, às relações com o mundo, Deus é concebido exatamente como livre criador. No pensamento clássico grego, tínhamos um dualismo metafísico; no pensamento cristão - agostiniano - temos ainda um dualismo, porém moral, pelo pecado dos espíritos livres, insurgidos orgulhosamente contra Deus e, portanto, preferindo o mundo a Deus. No cristianismo, o mal é, metafisicamente, negação, privação; moralmente, porém, tem uma realidade na vontade má, aberrante de Deus. O problema que Agostinho tratou, em especial, é o das relações entre Deus e o tempo. Deus não é no tempo, o qual é uma criatura de Deus: o tempo começa com a criação. Antes da criação não há tempo, dependendo o tempo da existência de coisas que vem-a-ser e são, portanto, criadas.

Também a psicologia agostiniana harmonizou-se com o seu platonismo cristão. Por certo, o corpo não é mau por natureza, porquanto a matéria não pode ser essencialmente má, sendo criada por Deus, que fez boas todas as coisas. Mas a união do corpo com a alma é, de certo modo, extrínseca, acidental: alma e corpo não formam aquela unidade metafísica, substancial, como na concepção aristotélico-tomista, em virtude da doutrina da forma e da matéria. A alma nasce com o indivíduo humano e, absolutamente, é uma específica criatura divina, como todas as demais. Entretanto, Agostinho fica indeciso entre o criacionismo e o traducionismo, isto é, se a alma é criada diretamente por Deus, ou provém da alma dos pais. Certo é que a alma é imortal, pela sua simplicidade. Agostinho, pois, distingue, platonicamente, a alma em vegetativa, sensitiva e intelectiva, mas afirma que elas são fundidas em uma substância humana. A inteligência é divina em intelecto intuitivo e razão discursiva; e é atribuída a primazia à vontade. No homem a vontade é amor, no animal é instinto, nos seres inferiores cego apetite.

Quanto à cosmologia, pouco temos a dizer. Como já mais acima se salientou, a natureza não entra nos interesses filosóficos de Agostinho, preso pelos problemas éticos, religiosos, Deus e a alma. Mencionaremos a sua famosa doutrina dos germes específicos dos seres - rationes seminales . Deus, a princípio, criou alguns seres já completamente realizados; de outros criou as causas que, mais tarde, desenvolvendo-se, deram origem às existências dos seres específicos. Esta concepção nada tem que ver com o moderno evolucionismo , como alguns erroneamente pensaram, porquanto Agostinho admite a imutabilidade das espécies, negada pelo moderno evolucionismo.

A Moral


Evidentemente, a moral agostiniana é teísta e cristã e, logo, transcendente e ascética. Nota característica da sua moral é o voluntarismo, a saber, a primazia do prático, da ação - própria do pensamento latino - , contrariamente ao primado do teorético, do conhecimento - próprio do pensamento grego. A vontade não é determinada pelo intelecto, mas precede-o. Não obstante, Agostinho tem também atitudes teoréticas como, por exemplo, quando afirma que Deus, fim último das criaturas, é possuído por um ato de inteligência. A virtude não é uma ordem de razão, hábito conforme à razão, como dizia Aristóteles, mas uma ordem do amor.

Entretanto a vontade é livre, e pode querer o mal, pois é um ser limitado, podendo agir desordenadamente, imoralmente, contra a vontade de Deus. E deve-se considerar não causa eficiente, mas deficiente da sua ação viciosa, porquanto o mal não tem realidade metafísica. O pecado, pois, tem em si mesmo imanente a pena da sua desordem, porquanto a criatura, não podendo lesar a Deus, prejudica a si mesma, determinando a dilaceração da sua natureza. A fórmula agostiniana em torno da liberdade em Adão - antes do pecado original - é: poder não pecar ; depois do pecado original é: não poder não pecar ; nos bem-aventurados será: não poder pecar . A vontade humana, portanto, já é impotente sem a graça. O problema da graça - que tanto preocupa Agostinho - tem, além de um interesse teológico, também um interesse filosófico, porquanto se trata de conciliar a causalidade absoluta de Deus com o livre arbítrio do homem. Como é sabido, Agostinho, para salvar o primeiro elemento, tende a descurar o segundo.

Quanto à família , Agostinho, como Paulo apóstolo, considera o celibato superior ao matrimônio; se o mundo terminasse por causa do celibato, ele alegrar-se-ia, como da passagem do tempo para a eternidade. Quanto à política , ele tem uma concepção negativa da função estatal; se não houvesse pecado e os homens fossem todos justos, o Estado seria inútil. Consoante Agostinho, a propriedade seria de direito positivo, e não natural. Nem a escravidão é de direito natural, mas conseqüência do pecado original, que perturbou a natureza humana, individual e social. Ela não pode ser superada naturalmente, racionalmente, porquanto a natureza humana já é corrompida; pode ser superada sobrenaturalmente, asceticamente, mediante a conformação cristã de quem é escravo e a caridade de quem é amo.

O Mal


Agostinho foi profundamente impressionado pelo problema do mal - de que dá uma vasta e viva fenomenologia. Foi também longamente desviado pela solução dualista dos maniqueus, que lhe impediu o conhecimento do justo conceito de Deus e da possibilidade da vida moral. A solução deste problema por ele achada foi a sua libertação e a sua grande descoberta filosófico-teológica, e marca uma diferença fundamental entre o pensamento grego e o pensamento cristão. Antes de tudo, nega a realidade metafísica do mal. O mal não é ser, mas privação de ser, como a obscuridade é ausência de luz. Tal privação é imprescindível em todo ser que não seja Deus, enquanto criado, limitado. Destarte é explicado o assim chamado mal metafísico , que não é verdadeiro mal, porquanto não tira aos seres o lhes é devido por natureza. Quanto ao mal físico , que atinge também a perfeição natural dos seres, Agostinho procura justificá-lo mediante um velho argumento, digamos assim, estético: o contraste dos seres contribuiria para a harmonia do conjunto. Mas é esta a parte menos afortunada da doutrina agostiniana do mal.

Quanto ao mal moral, finalmente existe realmente a má vontade que livremente faz o mal; ela, porém, não é causa eficiente, mas deficiente, sendo o mal não-ser. Este não-ser pode unicamente provir do homem, livre e limitado, e não de Deus, que é puro ser e produz unicamente o ser. O mal moral entrou no mundo humano pelo pecado original e atual; por isso, a humanidade foi punida com o sofrimento, físico e moral, além de o ter sido com a perda dos dons gratuitos de Deus. Como se vê, o mal físico tem, deste modo, uma outra explicação mais profunda. Remediou este mal moral a redenção de Cristo, Homem-Deus, que restituiu à humanidade os dons sobrenaturais e a possibilidade do bem moral; mas deixou permanecer o sofrimento, conseqüência do pecado, como meio de purificação e expiação. E a explicação última de tudo isso - do mal moral e de suas conseqüências - estaria no fato de que é mais glorioso para Deus tirar o bem do mal, do que não permitir o mal. Resumindo a doutrina agostiniana a respeito do mal, diremos: o mal é, fundamentalmente, privação de bem (de ser); este bem pode ser não devido (mal metafísico) ou devido (mal físico e moral) a uma determinada natureza; se o bem é devido nasce o verdadeiro problema do mal; a solução deste problema é estética para o mal físico, moral (pecado original e Redenção) para o mal moral (e físico).

A História


Como é notório, Agostinho trata do problema da história na Cidade de Deus , e resolve-o ainda com os conceitos de criação, de pecado original e de Redenção. A Cidade de Deus representa, talvez, o maior monumento da antigüidade cristã e, certamente, a obra prima de Agostinho. Nesta obra é contida a metafísica original do cristianismo, que é uma visão orgânica e inteligível da história humana. O conceito de criação é indispensável para o conceito de providência, que é o governo divino do mundo; este conceito de providência é, por sua vez, necessário, a fim de que a história seja suscetível de racionalidade. O conceito de providência era impossível no pensamento clássico, por causa do basilar dualismo metafísico. Entretanto, para entender realmente, plenamente, o plano da história, é mister a Redenção, graças aos quais é explicado o enigma da existência do mal no mundo e a sua função. Cristo tornara-se o centro sobrenatural da história: o seu reino, a cidade de Deus , é representada pelo povo de Israel antes da sua vinda sobre a terra, e pela Igreja depois de seu advento. Contra este cidade se ergue a cidade terrena , mundana, satânica, que será absolutamente separada e eternamente punida nos fins dos tempos.

Agostinho distingue em três grandes seções a história antes de Cristo. A primeira concerne à história das duas cidades , após o pecado original, até que ficaram confundidas em um único caos humano, e chega até a Abraão, época em que começou a separação. Na Segunda descreve Agostinho a história da cidade de Deus , recolhida e configurada em Israel, de Abraão até Cristo. A terceira retoma, em separado, a narrativa do ponto em que começa a história da Cidade de Deus separada, isto é, desde Abraão, para tratar paralela e separadamente da Cidade do mundo, que culmina no império romano. Esta história, pois, fragmentária e dividida, onde parece que Satanás e o mal têm o seu reino, representa, no fundo, uma unidade e um progresso. É o progresso para Cristo, sempre mais claramente, conscientemente e divinamente esperado e profetizado em Israel; e profetizado também, a seu modo, pelos povos pagãos, que, consciente ou inconscientemente, lhe preparavam diretamente o caminho. Depois de Cristo cessa a divisão política entre as duas cidades ; elas se confundem como nos primeiros tempos da humanidade, com a diferença, porém, de que já não é mais união caótica, mas configurada na unidade da Igreja. Esta não é limitada por nenhuma divisão política, mas supera todas as sociedades políticas na universal unidade dos homens e na unidade dos homens com Deus. A Igreja, pois, é acessível, invisivelmente, também às almas de boa vontade que, exteriormente, dela não podem participar. A Igreja transcende, ainda, os confins do mundo terreno, além do qual está a pátria verdadeira. Entretanto, visto que todos, predestinados e ímpios, se encontram empiricamente confundidos na Igreja - ainda que só na unidade dialética das duas cidades , para o triunfo da Cidade de Deus - a divisão definitiva, eterna, absoluta, justíssima, realizar-se-á nos fins dos tempos, depois da morte, depois do juízo universal, no paraíso e no inferno. É uma grande visão unitária da história, não é uma visão filosófica, mas teológica: é uma teologia, não uma filosofia da história.



Santo Agostinho, rogai por nós!



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